sábado, 2 de agosto de 2008

SÉRIE PEQUIM-2008 - PARTE III

Confira o restante das modalidades esportivas das Olimpíadas:

** HIPISMO


O hipismo é a única modalidade dos Jogos Olímpicos em que atleta e animal formam um conjunto. E a importância de cada um é de tal forma dividida que o hipismo também é um dos poucos esportes em que homens e mulheres competem uns contra os outros. A história da modalidade se confunde com a história da própria civilização, quando o homem começou a usar o cavalo como meio de locomoção e passou a adestrá-lo. Mas foi só em 1921 que foi criada a Federação Eqüestre Internacional. A esta altura, o hipismo já era largamente praticado em suas três categorias.

Saltos é a categoria mais conhecida e, dependendo da competição, ganha quem percorrer um trajeto determinado no menor tempo possível, derrubar o menor número possível de obstáculos ou somar o maior número de pontos. No adestramento, o vencedor é determinado por uma avaliação de juízes, que julgam as performances nos movimentos obrigatórios e na coreografia livre. Por fim, o concurso completo de equitação (CCE) é uma categoria cuja disputa dura três dias, envolvendo adestramento, prova de fundo (subdividida em quatro etapas) e saltos.

O hipismo possui grande equilíbrio de forças se for levado em conta a divisão por países. Brasil, Canadá, Estados Unidos (Américas) e França, Holanda, Reino Unido e Suécia constituem a elite da modalidade e conquistaram medalhas em Atenas.

Liderado pelo campeão Rodrigo Pessoa, que não montará Baloubet du Rouet no concurso de saltos, o Brasil, que tem garantida a classificação em todas as provas em Pequim, espera repetir a boa campanha da última Olimpíada.

Provas: adestramento individual, adestramento por equipes, CCE individual, CCE por equipes, saltos individual e saltos por equipes.

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** HÓQUEI NA GRAMA

O mais antigo esporte de taco e bola de que se tem notícia, o hóquei é praticado desde aproximadamente 2000 a.C., mas há quem diga que sua origem é mais remota ainda. Atualmente, o hóquei é jogado até sobre gelo, mas, nos Jogos de Verão, a versão oficial é o hóquei na grama. As partidas, são divididas em dois tempos de 35 minutos e disputadas por dois times de 11 jogadores. O objetivo é marcar o maior número possível de gols.

Alemanha, Holanda, Argentina e Austrália são as maiores forças na modalidade.

Provas: masculino e feminino.

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** JUDÔ

Criado por Jigoro Kano em 1882, no Japão, como mistura de outras artes marciais, o judô foi um dos primeiros esportes a entrar no programa dos Jogos Pan-americanos (em São Paulo-63) antes de figurar no programa dos Jogos Olímpicos (só entrou em Tóquio-64). A técnica do judô consiste basicamente em usar a força do oponente para derrubá-lo. Não são permitidos chutes ou socos e as lutas duram cinco minutos. Os combates de judô podem ser vencidos de vários modos, dependendo dos golpes realizados ou infrações aplicadas. Mas o meio mais direto de se chegar à vitória é pelo ippon, o golpe perfeito, em que o adversário é levado a cair de costas contra o dojô ou imobilizado por 25 segundos.

Berço do judô, o Japão é a principal candidato às medalhas douradas. Prova da hegemonia nipônica ocorreu em Atenas-2004, quando o páis conquistou oito medalhas de ouro na modalidade.

Mas atualmente o judô possui grande equilíbrio de forças se for levado em conta a divisão por países. Geórgia, França e Rússia (Europa), Estados Unidos e Brasil (Américas) e Coréia do Sul (Ásia) podem ser sérias ameças à hegemonia japonesa.

Provas: (no masculino): acima de 100kg, até 100kg, até 90kg, até 81kg, até 73kg, até 66kg, até 60kg.

(no feminino): acima de 78kg, até 78kg, até 70kg, até 63kg, até 57kg, até 52kg, até 48kg.

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** LEVANTAMENTO DE PESO

A prática esportiva do levantamento de peso começou começo no fim do século XIX, especialmente na década de 1890, quando surgiram federações do esporte na França e na Rússia. A modalidade cresceu ao longo dos anos a ponto de incluir a participação de mulheres no fim do século XX. Ao todo, são 15 categorias, baseadas no peso dos atletas. A disputa é dividida em três provas. No arranco, o atleta tem que colocar o peso em cima da cabeça num único movimento. No arremesso, o atleta faz dois movimentos: primeiro, suspendendo o peso na altura dos ombros para, em seguida, erguê-lo sobre a cabeça. A soma dos desempenhos nessas duas provas resulta no aproveitamento total, a terceira prova. Cada atleta tem três oportunidades para levantar os halteres. E o objetivo do levantamento de peso é bastante simples: quem levantar mais peso ganha. Em caso de empate, a decisão vai para a balança: quem pesar menos vence. Se a igualdade persistir, ganha quem tiver levantado primeiro o peso vencedor.

A China surge como a grande favorita no levantamento de peso. E o retrospecta ajuda: em Atenas, o país conauistou cinco ouros e três pratas. Turquia, Geórgia e Bulgária também têm tradição de medalhas. O Brasil ainda busca um resultado expressivo em Olimpíadas.

Provas: (no masculino):
acima de 105kg, até 105kg, até 94kg, até 85kg, até 77kg, até 69kg, até 62kg, até 56kg.

(no feminino): acima de 75kg, até 75kg, até 69kg, até 63kg, até 58kg, até 53kg, até 48kg.

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** LUTAS OLÍMPICAS

As lutas olímpicas são consideradas algumas das modalidades mais antigas de que se tem notícia. Nos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga já se disputavam combates de luta no estilo da atual greco-romana. As lutas estão divididas em duas modalidades, divididas por sete categorias cada. A greco-romana difere da livre por um aspecto simples: na primeira só se pode usar os braços e o tronco, enquanto na segunda, o uso das pernas também é permitido. Nas duas, porém, o objetivo é imobilizar o adversário de costas para o chão e, além disso, golpes baixos, estrangulamento, dedo no olho e puxões de cabelo são proibidos. Os combates são disputados em dois rounds de três minutos cada. Caso nenhum dos atletas consiga imobilizar seu oponente, a luta é decidida por pontos, que variam de acordo com os golpes e punições aplicados.

A Rússia é o país com melhores resultados na luta olímpica. Em Atenas, juntando os estilos livres e greco-romano, os russos conquistaram cinco medalhas de ouro.

Como segunda força da modalidade, estão países como Japão, Azerbaijão, Uzbequistão e Geórgia. O Brasil nunca conquistou uma medalha olímpica na modalidade e o máximo de vitórias em Pequim será motivo de comemoração.

Provas: (no masculino):
até 120kg, até 96kg, até 84kg, até 74kg, até 66kg, até 60kg, até 55kg.

(no feminino): até 72kg, até 63kg, até 55kg, até 48kg.

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** NADO SINCRONIZADO

Antes de se tornar modalidade olímpica, o nado sincronizado era, literalmente, coisa de cinema. A partir dos shows aquáticos com acrobacias apresentados nos EUA no começo do século XX pela nadadora australiana Annette Kellerman, a modalidade foi desenvolvida por Katherine Curtis ao associar figuras feitas na água por corpos de nadadoras com acompanhamentos de músicas e chegou aos musiciais do estúdio MGM estrelados nas décadas de 40 e 50 por Esther Williams. Após uma apresentação dos alunos de Katherine Curtis na Feira Século do Progresso, realizada na cidade americana de Chicago em 1933 e 34, o nadador olímpico Norman Ross cunhou o termo "nado sincronizado". O seu formato atual foi desenvolvido na mesma época pelo estudante americano Frank Havlicek. É um dos poucos esportes restrito apenas a mulheres, que competem em solos, duetos ou times de oito, fazendo figuras obrigatórias e livres numa piscina e avaliados na técnica e na criatividade por jurados.

Rússia, Japão e Estados Unidos constituem as maiores forças da modalidade. O Brasil está no segundo escalão do nado sincronizado.

Provas: dueto e equipes feminino

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** NATAÇÃO

Até chegar a seu formato olímpico atual – com competições em piscinas de 50m e oito raias (onde são disputadas eliminatórias, semifinais e finais), provas individuais e de revezamento, nos nados livre, peito, costas e borboleta, completando distâncias que variam de 50m a 1.500m – a natação teve disputas dos mais diversos tipos. A mitologia grega está cheia de referências ao nado mas certamente ele esteva presente na vida do homem desde a Pré-História. O século XIX é o marco mais provável do início da prática da natação como um esporte, com o aparecimento das competições, em que os atletas usavam um estilo parecido com o nado peito. O crawl, usado no estilo livre, foi uma adaptação da forma de nadar de índios da América do Sul. Em Jogos Olímpicos, até 1908, quando foi criada a Federação Internacional de Natação (FINA) e foram realizados os Jogos de Londres, na Inglaterra, a natação já havia sido disputada no mar, em rios e lagos, e tido provas de nado subaquático, nado com obstáculos e mergulho em distância.

Os Estados Unidos são os favoritos a conquistar o maior número de medalhas em Pequim. O retrospecto na última Olimpíada foi extraordinário, com 12 medalhas de ouro, nove de prata e 11 de bronze.

A Austrália aparece como os grandes rivais dos americanos, mesmo sem Ian Thorpe, que se aposentou das piscinas. Em Atenas, o Brasil não obteve medalhas, no entanto, a expectativa é alta para que Thiago Pereira, Kaio Márcio e César Cielo conduzam o Brasil ao pódio.

Provas: (no masculino): 50m livre, 100m livre, 100m costas, 100m borboleta, 100m peito, 200m livre, 200m costas, 200m borboleta, 200m peito, 200m medley, 400m livre, 400m medley, 4x100m, 4x100m medley, 4x200m medley, 1500m livre, Maratona 10km.

(no feminino): 50m livre, 100m livre, 100m costas, 100m borboleta, 100m peito, 200m livre, 200m costas, 200m borboleta, 200m peito, 200m medley, 400m livre, 400m medley, 4x100m livre, 4x100m medley, 4x200m, 800m livre e Maratona 10km.

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** PENTATLO MODERNO

Criado na Grécia Antiga, o pentatlo moderno atravessou os séculos mas manteve a característica de ser o mais completo dos esportes. Na Antigüidade, a modalidade reunia a corrida de 200m, arremesso de disco e dardo, salto em distância e luta livre. Mas, no século XX, transformou-se, adotando provas mais diversas ainda. Por ordem de disputa: tiro, esgrima, natação, hipismo (saltos) e atletismo. As provas são disputadas ao longo de um dia e, nas quatro primeiras, os atletas somam pontos de acordo com seu desempenho. A partir dessa pontuação, define-se a ordem de largada da corrida de 3.000m: cada atleta larga separadamente, a intervalos que variam de acordo com os pontos somados nos eventos anteriores. O vencedor da corrida ganha a medalha de ouro do pentatlo moderno.

Os países europeus detêm a hegemonia no Pentatlo Moderno. O Brasil será representado por Yane Marques, campeã pan-americana no Rio de Janeiro.

Provas: individual masculino e individual feminino

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** PÓLO AQUÁTICO

Foi desenvolvido paralelamente na América do Norte e na Europa no século XIX e, atualmente, leva o nome americano tem forma mais influenciada pelas origens européias. Segundo as regras formuladas pelo americano Harold Reeder, os competidores jogavam flutuando sobre barris, como se fossem cavalos, e acertavam a bola com tacos como no pólo. Na Inglaterra, o esporte surgiu como uma versão aquática do rúgbi e evoluiu para semelhanças com o futebol – dois times de sete jogadores (sendo um goleiro), se enfrentam numa piscina, disputando a posse da bola rumo ao gol adversário, sem poder tocar os pés no chão ou a mão na borda da piscina, por quatro quartos de sete minutos.

Bicampeã olímpica no masculino, a Hungria mantém a hegemonia no esporte. Itália, Rússia, Estados Unidos e Canadá se destacam no feminino. Por sua vez, avançar à segunda da fase da competição já seria um ótimo resultado para o Brasil.

Provas: masculina e feminina

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** REMO

Barcos a remo são usados como meio de transporte desde a Antigüidade Grega, o Império Romano e o Egito Antigo. Como esporte, sua origem mais provável é a Inglaterra vitoriana dos séculos XVII e XVIII. No entanto a popularização só aconteceu no século XIX. Nesse período, foi exportado da Europa para a América, onde a tradição das regatas entre as universidades britânicas de Oxford e Cambridge também foi adotada, por Yale e Harvard. Competições de remo são mais antigas do que a maioria das de outros esportes olímpicos da Era Moderna. E o conceito se mantém o mesmo até os dias de hoje.

Barcos em que cada remador conta com dois remos (um em cada mão), divididos por raias, competem lado a lado em águas calmas para ver quem é o mais rápido. Atualmente, a distância oficial desse percurso em linha reta para Jogos Olímpicos e Pan-Americanos é de 2 mil metros. As embarcações – com ou sem timoneiro, ou skiff – podem ter um, dois, quatro ou oito componentes. O timoneiro, integrante que não rema e é responsável por orientar e incentivar os remadores, não entra na conta dos componentes. Tanto para quanto para mulheres, há também as disputas na categoria peso leve.

Forças: A Romênia surpreendeu na última Olimpíada e conquistou três medalhas de ouro no remo, o melhor desempenho entre os países que disputaram a modalidade.

O Remo possui grande equilíbrio de forças se for levado em conta a divisão por países. Alemanha, Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Reino Unido constituem a elite da modalidade e conquistaram medalhas em Atenas-2004. O Brasil ainda busca sua primeira medalha em Olimpíadas.

Provas: (no masculino): single skiff, dois sem timoneiro, double skiff, double skiff leve, quatro sem timoneiro, quatro sem timoneiro leve, oito com timoneiro, skiff quádruplo.

(no feminino): single skiif, dois sem timoneiro, double skiff, double skiff leve, quatro sem timoneiro, skiff quádruplo.

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** SALTOS ORNAMENTAIS

A história dessa modalidade já explica muito a seu respeito. Sua origem data do século XVII, quando ginastas suecos e alemães começaram a praticar suas acrobacias pulando sobre um terreno que causaria danos físicos menores em caso de queda: a água. É disso que o saltos ornamentais se tratam –realizar acrobacias no ar, saltando de plataformas de 10m ou trampolins de 3m, e entrar na água de forma suave e elegante. Nos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália, em 2000, uma nova categoria foi introduzida: os saltos sincronizados. Pares de homens e mulheres saltando simultaneamente e sendo julgados, não apenas pela qualidade técnica, estilo e grau de dificuldade do salto mas também pelo sincronismo entre os dois parceiros.

A China é a favorita na plataforma e trampolim. Em Atenas, o páis conquistou seis de oito medalhas douradas em disputa. Canadá, México e Rússia correm por fora. O Brasil busca chegar às finais, o que já seria um ótimo resultado.

Provas: (no masculino): 3m trampolim, 3m sincronizado, 10m sincronizado plataforma, 10m plataforma.

(no feminino): 3m trampolim, 3m sincronizado, 10m sincronizado plataforma, 10m plataforma.

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** SOFTBOL

O softbol, em poucas palavras, é uma versão soft, leve, do beisebol. A origem do esporte remete a 1887, nos Estados Unidos, quando George Hancock inventou uma forma de se praticar o beisebol em ginásios cobertos. Logo em seguida, a modalidade saiu ao sol e, na década de 1920, ganhou seu nome atual. Mais difundido entre as mulheres, que são as únicas a participar da disputa nos Jogos Pan-americanos, o softbol tem as mesmas regras básicas do beisebol. As principais diferenças estão nas dimensões da bola (maior) e do campo (menor), e no tempo de jogo (que cai de nove para sete entradas ou innings). Além disso, o arremesso no softbol tem de ser feito de baixo para cima. Mas, assim como no beisebol, o objetivo é marcar o maior número possível de pontos para vencer o jogo.

Os Estados Unidos detém a hegemonia no softbol. Austrália e Japão correm por fora.

Provas: feminino

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** TAEKWONDO

Embora tenha raízes milenares, o taekwondo, forma de arte marcial tradicional na Coréia, só ganhou sua forma moderna em 1955. Foi quando um grupo de mestres coreanos conseguiu unificar as diversas escolas sob a forma do que hoje é conhecido como taekwondô. A modalidade é dividida em quatro categorias, segundo o peso dos atletas. Nos combates, os atletas – que usam protetores para a cabeça e para tórax e abdome – somam pontos ao acertarem chutes ou socos. Os chutes podem ser desferidos em qualquer ponto do corpo acima da cintura. Já os socos só podem atingir o peito do adversário. As lutas são de três rounds de três minutos e um atleta pode ganhar de três modos: nocauteando o oponente; somando o maior número de pontos ou pela desclassificação do adversário.

Os países asiáticos dominam o cenário mundial no taewwondo. Destaque para China, Taiwan e Coréia do Sul. Irã e Estados Unidos podem ameaçar a hegemonia do continente.

Provas: (no masculino): acima de 80kg, até 80kg, até 68kg, até 58kg.

(no feminino): acima de 67kg, até 67kg, até 57kg, até 49kg.

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** TÊNIS

As raquetes, que têm grande influência nas características do tênis na atualidade, nem sequer eram usadas no jogo que originou o esporte como é hoje. Registros esparsos de esportes semelhantes foram encontrados na Antigüidade, porém o mais antigo parente reconhecido na árvore genealógica do tênis é o jeu de paume ("jogo da palma", em francês). Era disputado na França do século XI em quadras fechadas, usando as paredes como parte do jogo e a palma da mão para rebater a bola. Três séculos depois, os primeiros esboços de raquete começaram a aparecer e a divisão da quadra por uma corda já era utilizada. No século XIX, o tênis tomou sua forma básica atual. Um ou dois competidores ficam de cada lado de uma quadra aberta ou coberta, usando raquetes para jogar uma pequena bola para o outro lado da rede. Cada um tem o direito a deixá-la quicar no solo uma vez, tentando evitar que o oponente consiga rebatê-la. O sistema de contagem em melhor de três ou cinco sets (vencendo um set aquele que ganhar seis games primeiro) e os diferentes tipos de piso (grama, saibro, cimento, sintético, carpete) foram evoluções que aconteceram com o passar dos anos.

Em virtude das desistência dos melhores atletas do mundo, o tênis é um esporte de difícil perspectiva quanto aos favoritos. Em Atenas-2004, o Chile conquistou duas medalhas douradas e um bronze com Nicolas Massu e Fernando González.

O suíço Roger Federer, número 1 do mundo, pretende disputar a Olimpíada de Pequim. Caso isto se concretize, ele será o grande favorito na China. No feminino, a característica principal é o equilíbrio, mesmo se as líderes do ranking mundial não participarem. As expectativas de medalha pelo lado brasileiro ficam a cargo da dupla André Sá e Marcelo Melo.

Provas: simples (masculino e feminino), duplas (masculino e feminino)

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** TÊNIS DE MESA

De alternativa caseira ao tênis de quadra, usando tampas de caixa de cigarro como raquetes e rolhas amassadas de garrafas de champagne como bolas, passou a um dos esportes mais praticados do mundo, com cerca de 40 milhões de competidores. A história de mais de um século do tênis de mesa é a trajetória de um passatempo, o popular ping-pong, surgido na Inglaterra no fim do século XIX, que se transformou numa modalidade altamente competitiva. As regras do esporte – um ou dois atletas de cada lado de uma mesa dividida por uma rede, disputando sets de 11 pontos e rebatendo bolas leves com pequenas raquetes – foram formatadas em 1992. O responsável foi o estudante Ivor Montagu, da universidade britânica de Cambridge.

A China domina o cenário mundial no tênis de mesa, apesar do equilíbrio maior nos últimos anos devido a enorme quantidade de naturalizações de atletas asiáticos, que buscam destaque em outros pólos pela falta de espaço nas seleções nacionais. O Brasil segue em busca de sua primeira medalha na modalidade.

Provas: simples (masculino e feminino), duplas (masculino e feminino)

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** TIRO COM ARCO

A prática do tiro com arco remete à Pré-História, de quando datam as primeiras utilizações do arco e da flecha como utensílios de caça. É uma modalidade tão antiga que a primeira competição de que se tem notícia foi realizada em 1583, na Inglaterra. O tiro com arco é disputado em duas categorias, individual e por equipes, na distância de 70 metros em relação ao alvo, que tem 1,22m de diâmetro e é formado por dez círculos concêntricos. O círculo mais central, a "mosca", vale dez pontos; cada círculo seguinte perde um ponto em valor. Para vencer, o competidor tem de somar o maior número possível de pontos. A disputa é eliminatória e, a cada etapa, o atleta dispara 36 flechas – seis séries de seis flechas e quatro minutos cada.

Os países asiáticos detém a hegemonia no tiro com arco. Destaque para a Coréia do Sul, que conquistou três das quatro medalhas douradas possíveis em Atenas-2004. O Brasil, que será representado por Gustavo Trainini, ainda engatinha no esporte.

Prova: individual e equipes (masculino e feminino)

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** TIRO

O uso de armas de fogo em práticas esportivas começou no século XIX. Os primeiros registros dão conta de competições na Suécia e, rapidamente, o resto da Europa e do mundo aderiu à modalidade. O tiro atualmente tem quatro categorias: pistola, carabina, tiro ao prato e alvo móvel. Ao todo, são 17 provas. Nas categorias pistola, alvo móvel e carabina, os atiradores tem por objetivo acertar um alvo que está dividido em círculos concêntricos, cada uma valendo uma pontuação diferente. Quem somar mais pontos vence. Em caso de empate, os últimos dez tiros são o primeiro critério-desempate e assim se segue até que se encontre um vencedor. Nas finais, os casos de empate são decididos com séries extras de tiros. No tiro ao prato (skeet e fossa) o atleta tem de acertar o alvo de modo a quebrar-lhe um pedaço visível. Cada prato acertado vale um ponto. Quem somar mais pontos ganha. Os casos de empate são decididos em séries extras de tiros.

China, Estados Unidos, Rússia e Alemanha são os principais candidatos a subirem ao pódio olímpico.

O tiro esportivo traz boas recordações ao Brasil. Foi justamente nesta modalidade que o país conquistou sua primeira medalha de ouro na história dos Jogos Olímpicos, com Guilherme Paraense logo na primeira participação do país em Olimpíadas, em 1920. O Brasil jamais conseguiu repetir a façanha de subir ao pódio no tiro esportivo.

Provas: (no masculino): pistola de ar 10m (60 tiros), rifle de ar 10m (60 tiros), pistola de fogo 25m (60 tiros), pistola 50m (60 tiros), rifle 50m em 3 posições (3x40 tiros), rifle pronado 50m (60 tiros), fossa dupla (125 tiros), skeet (125 tiros), fossa (125 tiros).

(no feminino): pistola de ar 10m (40 tiros), rifle de ar 10m (40 tiros), pistola 25m (30 mais 30 chutes), rifle em três posições 50m (3x20 tiros), skeet (75 tiros), fossa (75 tiros).

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** TRIATLO

O triatlo foi criado na década de 1970 no San Diego Track Club, nos EUA, como uma alternativa aos rigorosos treinos de corrida para manter a forma. Uma prova que reúne natação, ciclismo e atletismo. Nos Jogos Pan-americanos, o percurso do triatlo é de 1,5km de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida. Ganha quem completar a disputa em primeiro lugar. O que era uma alternativa acabou se tornando um verdadeiro desafio para o corpo humano. Assim, como um desafio, foi também como surgiu depois a prova do ironman, também na década de 70. Um grupo de sócios do Waikiki Swin Club, no Havaí, propôs uma disputa para ver quem era realmente um "ironman" (homem-de-ferro) e criou uma disputa que tem percursos maiores do que o do triatlo olímpico.

Neozelândia e Áustria levaram o ouro em Atenas. Apesar disso, ainda não há um país que tenha favoritismo em relação aos outros. O Brasil tem condições de conseguir sua primeira medalha na modalidade.

Provas: individual (masculino e feminino)

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** VELA

Navegar é uma das atividades mais antigas da civilização. Mas, por esporte, a vela só começou a ser praticada por volta do século XVII, na Holanda, e foi introduzida em seguida na Inglaterra pelo Rei Charles II. As competições acontecem em raias delimitadas por bóias e têm dois formatos básicos: a fleet race, em que competem todos contra todos; e a match race, em que dois barcos competem por vez. Ao todo, são 11 categorias diferentes de disputa, variando de acordo com o tipo de embarcação. Os competidores não podem queimar a largada ou atrapalhar a navegação de um adversário sob pena de punição. O vencedor é quem soma os melhores resultados nas regatas de cada competição.

Na vela o Brasil tem o seu melhor retrospecto em Olimpíadas, com seis medalhas de ouro. Em Atenas-2004, os velejadores tupiniquins conquistaram dois ouros, com Robert Scheidt e a dupla Torben Grael/Marcelo Ferreira.

A vela possui grande equilíbrio de forças se for levado em conta a divisão por países. Estados Unidos, Austrália, Espanha e Grã-Bretanha são fortes candidatos a medalhas olímpicas.

Provas: (no masculino): classe 470, classe Laser, RS:X, classe Star, classe Yngling.

(no feminino): classe 470, classe Laser, RS:X.

(misto): 49er, finn e tornado.

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** VÔLEI

Assim como o basquete, o vôlei é um esporte que tem sua origem bem determinada. Foi em 1895 que o professor Wlliam G. Forman criou a modalidade, então conhecida como “minonette”, com regras um pouco diferentes das atuais. O vôlei é disputado por duas equipes de seis atletas, separadas por uma rede por cima da qual a bola deve passar na disputa dos pontos. Cada jogo é uma melhor de cinco sets. Os quatro primeiros vão a 25 pontos (a menos que haja empate em 24, quando a disputa é prorrogada até que um time abra vantagem de dois pontos) e o último vai a 15 (valendo a mesmo regra em caso de empate em 14 pontos). Para conseguir um ponto, uma equipe tem que fazer com que a bola caia no campo adversário, dispondo de um máximo de três toques, além do contato do bloqueio, para consegui-lo. Atualmente, os atletas podem usar quaisquer partes do corpo para tocar na bola, mas não podem agarrar ou conduzir a bola. Um jogador não pode dar dois toques consecutivos na bola, exceção feita apenas para a ação do bloqueio.

Estados Unidos e União Soviética fizeram a maior rivalidade do vôlei masculino nas primeiras edições olímpicas. Mas o surgimento de outros pólos da modalidade como Itália, Rússia, Cuba e Brasil permitiram o maior equilíbrio de forças.

Bicampeã olímpica em 1992 e 2004, a Seleção Brasileira chega a Pequim credenciada pelos resultados inúmeros títulos obtidos na chamada Era Bernardinho.

No feminino, o time dirigido por Zé Roberto Guimarães precisa ajustar o lado psicológico se quiser conquistar o seu primeiro ouro olímpico. Além da anfitriã seleção chinesa, Rússia e Cuba representam grande ameaça ao sonho dourado das brasileiras.

Provas: masculino e feminino

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** VÔLEI DE PRAIA

Jogar vôlei na praia é algo que acontece desde as décadas de 40 e 50 em países de litoral extenso tais como Estados Unidos e Brasil. Mas somente em 1986 a Federação Internacional de Vôlei reconheceu a modalidade, concedendo-lhe um estatuto e regras próprias e só em 1999 ele passou a integrar o Programa Pan-americano. A estrutura básica é idêntica à do vôlei de quadra. Porém, em vez de duas equipes de seis, o vôlei de praia nos Jogos Pan-americanos é jogado em duplas. A forma de marcar pontos também é igual à do vôlei de quadra, mas, na praia, as disputas são em melhor de três sets. Os dois primeiros vão até 21 pontos (em caso de empate em 20, a disputa é prorrogada até que uma dupla abra dois pontos de vantagem) e o último vai a 15 (valendo a mesma regra em caso de empate em 14).

Ao lado dos Estados Unidos, o Brasil representa a elite do vôlei de praia. O país já subiu ao lugar mais alto do pódio olímpico em duas ocasiões: em Atlanta-1996, ano de estréia da modalidade, com Jaqueline e Sandra, e Ricardo e Emanuel, em Atenas-2004.

Provas: masculino e feminino

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