domingo, 13 de setembro de 2009

No embalo da ofensividade

Pedro Marotti

Esquema ousado de Andrade na vitória do Flamengo diante do Sport deu o que falar e uma questão fica no ar: por que o futebol hoje é tão retrancado?

Fãs do esporte! Nesse último sábado, o Flamengo derrotou o Sport Recife, no Maracanã, por mais uma rodada do campeonato brasileiro. Vitória maiúscula do rubro-negro carioca por 3x0 com direito a shows particulares de Adriano e Petkovic.

Quem viu o jogo, pode notar desde a escalação que o Flamengo viria para campo bem ofensivo. Jogando num 4-3-3 clássico, com Petkovic livre no meio de campo para armar as jogadas, Zé Roberto e Denis Marques aberto pelas pontas e Adriano centralizado no meio, a rapidez e o toque de bola, juntamente com a agressividade dos alas Léo Moura e Everton, fizeram com que o Flamengo resgata-se não só aquele velho futebol que o consagrou na década de 80 com Zico e Cia, como também ressuscitou o futebol brasileiro característico da época de ouro com a arte desfilada pelos gramados brazucas.

O que pude notar também foi a repercussão dessa bela vitória do Flamengo pelos jornais e sites esportivos, inclusive o italiano La Gazetta dello Sport, elogiando também a grande atuação de Adriano.

A discussão e questão que me vem a cabeça é: por que os técnicos não jogam assim sempre? Será que um time não pode manter a regularidade e tornar a agressividade como seu ponto forte? Eu sinceramente fico irritadíssimo com esquemas mirabolantes como 3-5-2 ou 3-6-1, que por sinal é de um mau gosto terrível!

É preciso mais ousadia e que as regras permitam que um jogador ou um time em geral possa resgatar aquilo que o futebol tem de melhor: classe, arte e gols. Parabéns Andrade e espero ver não só o Flamengo, mas como outras grandes equipes jogando dessa maneira constantemente.

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